Buraco de mácula

Buraco macular se desenvolve na região central da retina, a mácula, levando à perda visual, geralmente acompanhada mancha no centro da visao.

O diagnóstico é feito clinicamente por meio de mapeamento de retina, podendo ser necessário exames complementares como Angiografia Fluorescente e Tomografia de Coerência Óptica (OCT) para definir melhor o quadro e terapêutica a ser empregada.

O tratamento é cirúrgico para fechamento do buraco macular e possibilitar melhora anatomica e funcional.

É fundamental individualizar cada paciente, explicando benefícios e possíveis complicações do procedimento.

Catarata senil e catarata complicada

Catarata: é a perda da transparência do cristalino ( que é uma lente localizada no interior do olho ). Pode começar por volta dos 45 a 55 anos, mas geralmente afeta a visão de forma importante após os 60 anos.

Cirurgia de Catarata é o único tratamento eficaz para a catarata .
Envolve a remoção do cristalino opacificado e a sua substituição por uma lente intraocular .
Medicamentos por via oral, colírios, mudança de sua dieta ou de seu estilo de vida não irão reverter uma catarata já existente.
A cirurgia de catarata é um dos procedimentos cirurgicos mais realizados no Brasil e no mundo.

Sintomas da Catarata: Visão borrada , embaçada, com pouca nitidez e diminuição da percepção dos detalhes. Halos em volta de objetos iluminados e em volta das luzes e faróis de carros. Visão dupla . Imagens distorcidas . Melhora da visão para perto pode acontecer . Redução da visão noturna. Mudanças frequêntes dos graus de seus óculos .

Quando operar ? A cirurgia de catarata deve ser considerada sempre que a baixa de visão comprometer a sua qualidade de vida .
Tarefas antes fáceis de serem realizadas tornam – se mais difíceis ou mesmo impossíveis . Se isto acontece : é hora de conversar com o cirurgião oftalmologista sobre as opções cirurgicas e de lentes intraoculares disponíveis mais adequadas para você .

Nos últimos anos a cirurgia de catarata tem se tornado bastante refinada , com resultados muito bons. É na maioria das vezes realizada sob anestesia local e você terá alta no mesmo dia .

Além da idade , diversos fatores estão relacionados ao surgimento , ao desenvolvimento e piora da catarata . Entre eles : Hereditariedade , dieta, exposição a radiação ultravioleta do sol , traumas oculares, uso prolongado de certos grupos de medicações como os corticóides, além de problemas sistêmicos de saúde como o diabetes.

Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)

O que é DMRI
A Degeneração Macular Relacionada à Idade, mais conhecida pelas iniciais DMRI, é uma doença que afeta a área central da retina (mácula). Esta degeneração, como diz o nome, ocorre por conta da idade e costuma aparecer após os 60 anos. É considerada uma das principais causas de cegueira entre as pessoas da melhor idade.
A DMRI é caracterizada pelo surgimento de uma mancha (mancha central), que ocasiona uma baixa visão nesta área e dificulta diversas atividades, como a leitura.
A grande maioria (90%) dos casos de degeneração macular é classificada como DMRI seca ou não-exsudativa. Nesta forma, considerada mais branda, a degeneração da mácula ocorre de forma mais lenta.
Os outros 10% são da forma mais severa conhecida como exsudativa. A DMRI exsudativa é caracterizada pelo desenvolvimento de vasos sanguíneos anormais sob a retina, o que leva a uma perda rápida e irreversível da visão. Essa forma é a principal responsável pela grande perda visual central dos casos de degeneração macular.
Embora os danos à visão central causados pela DMRI sejam irreversíveis, sabe-se que o diagnóstico precoce e os cuidados com a saúde dos olhos podem ajudar a controlar alguns efeitos da degeneração macular.
Portanto, se você notou alguma alteração na visão central, tem pessoas na família que sofrem de DMRI ou mais de 50 anos de idade, faça os exames que detectam a doença e visite regularmente um oftalmologista.

Causas da DMRI
O surgimento da DMRI está ligado a fatores genéticos e hereditários, mas questões relativas ao metabolismo e ao ambiente também devem ser levados em conta.
Com o envelhecimento aumenta a chance de aparecer a doença. As pessoas de pele clara são mais propensas, contudo todos os indivíduos com mais de 50 anos podem ter degeneração de mácula. Hábitos como tabagismo e dieta rica em gordura também favorecem a degeneração da mácula e devem ser evitados. Outro fator que colabora para o surgimento da DMRI é a exposição excessiva à radiação solar.

Diagnóstico da DMRI
O oftalmologista, por meio de exames da retina, é capaz de diagnosticar o surgimento da DMRI antes mesmo do aparecimento dos primeiros sintomas. Por isso a importância de manter visitar regulares a este profissional.
No entanto, se você perceber o surgimento de manchas ou distorções na visão central, procure rapidamente seu oftalmologista. Ele irá pedir alguns exames específicos para detectar a DMRI.
Os exames utilizados para diagnosticar a DMRI são a angiografia e a tomografia de coerência óptica (OCT). O primeiro consiste na utilização de um corante na corrente sanguínea para mapear os vasos da mácula, identificando a formação de vasos sanguíneos anormais. A OCT não é invasiva e consiste na visualização bidimensional das estruturas oculares, o que permite a visualização de anomalias na mácula.
Pessoas de mais de 50 anos com familiares próximos que tiveram DMRI, que têm pele e olhos claros (azuis ou verdes), fumantes, obesos ou que se expuseram demais à radiação solar são os que devem ficar mais atentos ao surgimento dos sintomas.

Tratamento da DMRI
A DMRI seca, tipo menos grave da doença, ainda não tem tratamentos disponíveis, mas há alternativas em estudo. Alguns retinólogos aconselham o uso de vitaminas, controle adequado de possíveis doenças de base e, também, a interrupção do tabagismo em caso de fumantes.
Já para a DMRI do tipo úmida há tratamentos disponíveis e eficientes, que podem evitar a progressão da doença e recuperar total ou parcialmente a visão perdida, dependendo do estágio em que ela foi diagnosticada.
No Brasil, a partir de 2008, uma nova classe de medicamentos que atua diretamente na causa da DMRI, passou a ser utilizada e se tornou o padrão ouro de tratamento.

Por ser uma doença degenerativa, a DMRI não tem cura. Há controle na fase aguda, mas ela pode voltar a progredir. Por isso, o paciente deve ser acompanhado regularmente pelo retinólogo, que avaliará a necessidade um novo ciclo de aplicação do medicamento.
No Brasil todos os planos de saúde já disponibilizam a terapia intra-ocular de forma gratuita para os pacientes, de acordo com resolução da Agência Nacional de Saúde.

Descolamento do Vítreo Posterior

O diagnóstico do descolamento do vítreo é feito com o mapeamento de retina. Durante o exame, é fundamental verificar a periferia da retina para avaliar a presença de roturas retinianas.

Os principais sintomas de descolamento do vítreo são:
-moscas volantes ou “floaters”,
-flashes de luz.

Descolamento de Retina (urgência)

Quanto menor tempo entre retina descolada e cirurgia, melhor prognóstico. É uma urgência médica.
O tipo de tratamento para o descolamento de retina depende da gravidade e extensão do descolamento.

Edema de Mácula

O edema macular é uma das principais causas de baixa da acuidade visual . Resulta dum desequilíbrio em que a taxa de filtração através dos capilares ultrapassa a capacidade de reabsorção do líquido intersticial. Ou seja, a acumulação de líquido extracelular não é compensada pela capacidade normal de reabsorção do epitélio pigmentar retina, autoregulação do débito sanguíneo e compliance tissular.
A patogenia do edema macular é complexa. Trata-se duma patologia inespecífica, resultado duma uma ruptura da barreira hemato-retiniana interna (endotélio capilares retinianos) e/ou barreira hemato-retiniana externa (epitélio pigmentar retina).
A alteração da permeabilidade vascular é resultado por mecanismo “ químico” (prostaglandinas, VEGF) ou por mecanismo mecânico (forças traccionais ao nível da interface vítreoretiniana).

Glaucoma

O glaucoma neovascular (GNV) é um glaucoma secundário que pode causar perda completa de visão. O diagnóstico precoce é essencial, assim como o tratamento da pressão intraocular elevada e da causa subjacente. É muitas vezes causada por uma retinopatia diabética, oclusão da veia central da retina, doença oclusiva da carótida ou uveíte anterior.

Numerosas doenças que originam isquemia retiniana e a subsequente libertação do fator de crescimento do endotélio vascular, que difunde no segmento anterior, causam o crescimento de novos vasos sanguíneos, inicialmente na margem da pupila e mais tarde ao longo da íris através do ângulo camerular. Esta situação leva à formação de membranas fibrovasculares que obstruem a malha trabecular, provocando um glaucoma secundário.

A fase inicial do glaucoma neovascular é caracterizada por pressão intraocular (PIO) elevada, proliferação de tecido fibrovascular sobre o ângulo, e neovascularização da íris seguida de neovascularização do ângulo. A fase avançada mostra uma PIO elevada ( ≥ 60 mmHg), acuidade visual reduzida, neovascularização da retina e/ou hemorragia.

O tratamento para o GNV é feito através de fotocoagulação panretiniana (ambulatorial e/ou cirúrgica – Vitrectomia), mas pode ser necessária a cirurgia combinada para baixar a pressão intraocular.

Óculos - Erros Refrativos

Miopia

Hipermetropia

Astigmatismo

Presbiopia

Discromatopsia

O que é daltonismo?
O daltonismo é a incapacidade ou diminuição da capacidade de ver a cor ou perceber as diferenças de cor em condições normais de iluminação. O daltónico é o indivíduo que padece de daltonismo, ou seja, significa que é incapaz ou tem dificuldade em distinguir as diferenças de cor. Por este motivo, a visão de um daltónico é, muitas vezes, apelidada de “cegueira para cores” ou “deficiência de visão das cores”.
Alguém com visão normal pode identificar e distinguir 150 tons de cores diferentes, no entanto, no daltónico este número começa a cair à medida que tem menos possibilidades de criar misturas de cores.
O daltonismo afeta uma percentagem significativa da população. Existe a possibilidade de as pessoas daltónicas pertencerem a ambos os sexos. Contudo, o daltonismo em homens (masculino) é mais frequente que o daltonismo em mulheres (feminino), devido à hereditariedade e aos cromossomas envolvidos. Veja mais informação em hereditariedade do daltonismo.

Teste de daltonismo

Teste para daltónicos pretende apenas exemplificar o processo, podendo existir alterações na perceção das cores de acordo com o monitor do computador, a resolução utilizadas, etc pelo que o teste de daltonismo completo deverá ser realizado de modo a avaliar a real perceção das cores sempre pelo médico oftalmologista. Acresce que, como veremos mais tarde, para além do foro hereditário, o daltonismo pode ter origem em condições mais sérias, designadamente algumas doenças dos olhos, pelo que é importante que o diagnóstico através de um exame oftalmológico completo e orientação no tratamento sejam efetuados pelo médico oftalmologista.
O teste de daltonismo é um exame que permite perceber se o doente tem alguma deficiência na perceção das cores, ou seja, se estamos perante um indivíduo daltónico. O teste de ishihara foi introduzido no início do século passado e, desde então, é de longe o teste de deficiência de visão de cores mais conhecido em todo o mundo. O Dr. Shinobu Ishihara, do Japão, produziu três conjuntos de testes diferentes que são amplamente utilizados e tudo com base nas mesmas placas pseudoisocromáticas.
Nunca é de mais referir que para além do foro hereditário, o daltonismo pode ser provocado por condições mais sérias, como veremos mais tarde, pelo que é importante que o diagnóstico seja efetuado pelo médico oftalmologista.

Discromatopsia
O daltonismo é denominado em termos científicos por discromatopsia ou discromopsia, podendo ocorrer de diferentes formas conforme as células da retina afetadas. No entanto, o termo daltonismo é mais vulgarmente conhecido e utilizado que o termo discromatopsia.
A retina é a parte do olho onde as imagens são formadas (recebidas) e posteriormente transmitidas ao cérebro através do nervo ótico. Numa retina normal, existem células chamadas de cones que são sensíveis à cor, sendo cada uma delas sensível a um determinado espetro luminoso (espetro das cores). A perceção da cor é efetuada por três diferentes tipos de cones. Cada tipo é sensível a um determinado comprimento de onda de luz (vermelho, verde e azul) e cada cor percebida é, portanto, uma mistura de estímulos destes três tipos de cones. Estes três tipos, a saber: “vermelho”, “verde” e “azul” são cores primárias que permitem formar qualquer tonalidade de cor a partir destas três cores.
Qualquer alteração na constituição destas células pode originar alterações na receção das imagens através da retina e consequente “distorção” da imagem transmitida através do nervo ótico até ao cérebro.
Podemos identificar diferentes níveis de daltonismo conforme as células da retina afetadas e a intensidade com que são afetadas. A perceção das cores pode variar em função dessas alterações.

Daltonismo – sintomas
No daltonismo, os sintomas são, habitualmente, os seguintes:
Dificuldade em distinguir as cores;
Incapacidade de ver tons ou tons da mesma cor;
Movimentos oculares rápidos (em casos raros).
Os sintomas de daltonismo são frequentemente observados pelos pais quando os filhos são jovens. Noutros casos de discromatopsia, os sintomas são tão reduzidos, que nem são percetíveis. Em muitas situações de daltonismo infantil, os sinais e sintomas não são sequer percetíveis pelas crianças ou pelos pais. A criança acredita que vê bem e sem qualquer dificuldade de distinção de cores, pois sempre foi a visão que teve.

Tipos de daltonismo
Podemos identificar diferentes tipos de daltonismo conforme a localização do defeito, ou seja, se ocorre nos cones vermelhos, nos verdes ou nos azuis. Como existem três tipos diferentes de recetores de cor, há também três diferentes formas principais: vermelho (protan), verde (deutan) e azul (tritan).
Em relação à dificuldade de distinguir as cores, podemos identificar dois principais tipos de daltonismo. Aqueles que têm dificuldade em distinguir entre o vermelho e o verde e aqueles que têm dificuldade em distinguir entre o azul e o amarelo.
Para além disso, a discromatopsia pode ser descrita como total ou parcial, com diferentes graus de daltonismo. No daltonismo total existe incapacidade de distinguir a cor, enquanto no parcial existe essa dificuldade, mas o daltónico tem alguma perceção da cor. O daltonismo total é muito menos frequente do que o daltonismo parcial.

Discromatopsia – deficiências totais
Em relação às deficiências nos cones (vermelho, verde, azul) e quando há deficiências totais podemos, então, classificar o daltonismo em 3 tipos distintos conforme descrevemos a seguir.
Protanopia:
A protanopia é a deficiência total nos cones vermelhos. O daltónico que padece de protanopia tem dificuldade em distinguir as cores vermelhas.
Deuteranopia:
A deuteranopia é a deficiência total nos cones verdes. O daltónico que padece de deuteranopia tem dificuldade em distinguir as cores verdes.
Tritanopia:
A tritanopia é a deficiência total nos cones azuis. O daltónico que padece de tritanopia tem dificuldade em distinguir as cores azuis.

Discromatopsia – deficiências parciais
No caso de existirem apenas deficiências parciais nos cones (vermelho, verde, azul) podemos, então, classificar o daltonismo em:
Protanomalia:
A protanomalia caracteriza-se pela deficiência parcial nos cones vermelhos. Todavia, enquanto na protanopia existe deficiência total, na protanomalia existe apenas deficiência parcial.
Deuteranomalia:
A deuteranomalia é a deficiência parcial nos cones verdes. Porém, enquanto na deuteranopia existe deficiência total, na deuteranomalia existe apenas deficiência parcial.
Tritanomalia:
A tritanomalia é a deficiência parcial nos cones azuis. Todavia, enquanto na tritanopia existe deficiência total, na tritanomalia existe apenas deficiência parcial.

Daltonismo – causas
No daltonismo, entre as causas mais comuns encontra-se uma falha no desenvolvimento de um ou mais conjuntos de cones da retina. Este tipo de daltonismo é, geralmente, uma condição hereditária e ligada ao sexo. Os genes que produzem fotopigmentos são produzidos no cromossomo X. Se, eventualmente, faltam ou se encontram danificados alguns desses genes, pode ocorrer o daltonismo.
O daltonismo é mais provável nos homens do que nas mulheres. Tudo isto se deve ao facto dos homens possuírem apenas um cromossoma X e as mulheres dois, sendo que um gene funcional apenas num dos cromossomas X é suficiente para produzir os fotopigmentos necessários.
O daltonismo também pode ser causado por danos físicos ou químicos nos olhos, nomeadamente na retina ou nervo ótico, ou de partes do cérebro. Doenças como o glaucoma, a diabetes e a esclerose múltipla, entre outras doenças são também possíveis causas do daltonismo.

Daltonismo – genética
O daltonismo é uma condição genética hereditária comum (herdado), isto é, significa que é normalmente transmitido pelos pais.
A cegueira da cor verde é passada de mãe para filho no cromossomo 23, que é conhecido como o cromossomo sexual porque também determina o sexo. Cromossomas são estruturas que contêm genes – estes contêm as instruções para o desenvolvimento de células, tecidos e órgãos. Se você for daltónico isso significa que as instruções para o desenvolvimento das suas células cone são defeituosas, que as células cone podem ser escassas, ou menos sensíveis à luz ou pode ser que o caminho a partir das células cone para o cérebro não se tenha desenvolvido corretamente.
O cromossomo 23 é composto por duas partes ou dois cromossomos X no sexo feminino ou um cromossomo X e um Y, no caso do sexo masculino. O “gene” defeituoso para o daltonismo encontra-se apenas no cromossomo X. Então, para um homem daltónico apresentar um gene defeituoso só tem de aparecer no seu cromossomo X. No caso da mulher daltónica devem estar presentes em ambos os seus cromossomas X. Se uma mulher tem apenas defeito num gene ela é conhecida como uma “transportadora”, todavia não vai ser daltónica. Quando tiver um filho ela vai dar um dos seus cromossomas X à criança. Se transmitir o cromossoma X com o gene defeituoso ao filho, ele será daltónico, mas se ele receber o cromossomo “bom”, ele não será daltónico.
A filha daltónica, portanto, deve ter um pai que é daltónico e uma mãe que é portadora (que também passou o gene defeituoso à filha.
É, por isso, que a dificuldade em distinguir o verde / vermelho, é muito mais comum em homens. O daltonismo em mulheres é por esta razão que é menos frequente do que nos homens.
A dificuldade em distinguir a cor azul afeta homens e mulheres de igual forma porque é realizado num cromossomo não-sexual.

Daltonismo tem cura?
O daltonismo não tem cura. Contudo, existe na atualidade um grande esforço por parte da comunidade científica para conseguir encontrar uma cura para o daltonismo. Alguns avanços permitem-nos ter a esperança de que será possível curar o daltonismo no futuro, infelizmente no momento tal não é possível.
Na atualidade existem algumas formas que nos permitem de algum modo tratar o daltonismo, restituindo ao daltónico uma melhor qualidade de vida.

Daltonismo – tratamento
No daltonismo têm surgido algumas formas de tratamento de modo a melhorar a qualidade de vida do daltónico. Estas formas pretendem apenas melhorar a vida do daltónico e não curá-lo. Entre essas formas de tratamento, poderemos destacar:

Óculos e lentes para daltónicos
Fabricantes de óculos e lentes para daltónicos afirmam que o seu produto pode melhorar a visão das cores dos pacientes daltónicos. Argumentam que é necessário algum tempo para se habituarem à sua utilização e aprender algumas novas cores, podendo ajudá-lo e melhorar a sua perceção das cores em determinadas situações.

Ferramentas
Existem algumas ferramentas feitas de filtros coloridos. Se olhar através dos filtros e por fora deles pode, definitivamente, distinguir mais cores. Isso pode ser uma vantagem para algumas tarefas específicas em determinadas profissões ou em algumas situações da vida quotidiana.

Em resumo, uma pessoa daltónica perante a incapacidade de distinguir as cores tem ao seu dispor algumas ferramentas e lentes que apenas pretendem, de alguma forma, melhorar a sua qualidade de vida, mas não são uma cura ou tratamento eficaz para o daltonismo.

Hemorragia Vítrea

O que é Hemorragia vítrea ?
É um sangramento para dentro do humor vítreo, que é uma substância viscosa e transparente, que preenche a porção interna do olho entre o cristalino e a retina

As causas mais comuns de hemorragia vítrea são: trauma ocular, retinopatia diabética, descolamento do vítreo, rotura e/ou descolamento de retina e doenças vasculares da retina que causam crescimento de vasos sanguíneos anormais (neovascularização) dentro do olho.

Como descobrir a Hemorragia Vítrea?
O diagnóstico é feito através do mapeamento de retina. Na maior parte dos casos, utiliza-se o ultrassom ocular para ajudar na avaliação do quadro clínico.

Os principais sintomas de hemorragia vítrea são:
– perda visual indolor, súbita ou progressiva;
-manchas ou sombras, geralmente móveis, no campo de visão.

Como tratar a doença?
O tratamento da hemorragia vítrea depende da causa, severidade e duração do quadro clínico, podendo variar entre observação e cirurgia (vitrectomia).

Membrana Epirretiniana

Membrana Epirretiniana se desenvolve na região central da retina (mácula), causando perda visual e geralmente acompanhada de distorção das imagens.

O diagnóstico é feito clinicamente por meio de mapeamento de retina, podendo ser necessário exames complementares como Angiografia Fluorescente e Tomografia de Coerência Óptica (OCT) para definir melhor o quadro e terapêutica a ser empregada.

O tratamento é cirúrgico para remover a membrana e possibilitar melhora anatômica e funcional.

É fundamental individualizar cada paciente, explicando benefícios e possíveis complicações do procedimento.

Retinopatia Diabética

O tratamento da retinopatia diabética depende do grau de progressão em que o paciente se encontra.

Nas fases não proliferativas, dificilmente uma intervenção se faz necessária. Geralmente é necessário apenas um acompanhamento periódico com o oftalmologista especialista em retina.

Em casos mais avançados, como na retinopatia diabética proliferativa, pode-se realizar tratamento por fotocoagulação a laser.
As pessoas com diabetes devem ter atenção com o edema macular diabético (ou EMD), a principal causa de perda de visão na população com idade produtiva. Trata-se de um tipo grave de retinopatia diabética e que atinge a mácula – a área central da visão.

O que é Edema Macular Diabético ?
Antes de explicarmos o que causa o Edema Macular Diabético, vamos falar sobre as partes do olho atingidas por este problema. A retina é responsável pela formação das imagens por meio da captação da luz. É a parte do olho que envia tais informações para o nervo óptico, que os leva ao cérebro. O local nobre da retina, no fundo do olho, é a mácula, responsável pela visão central e pela visão das cores.

No Edema Macular Diabético, ocorre um acúmulo de líquido e de proteínas na região da mácula. A retina fica inchada, e a visão fica bastante prejudicada. Este acúmulo de líquido e proteínas começa por conta do excesso de açúcar no sangue de forma prolongada, o que prejudica os vasos sanguíneos.

O edema macular é silencioso. Ou seja, tem poucos sintomas no início da manifestação da doença. As complicações vão ficando mais sérias com o passar do tempo, quando a visão se torna borrada e distorcida, e pode aparecer uma dificuldade na visualização das cores. Obesidade e hábitos sedentários também contribuem para o surgimento do edema macular diabético. Por isso, os pacientes de diabetes devem fazer visitas regulares ao oftalmologista, além de adotarem hábitos saudáveis.

Exames e Diagnóstico do Edema Macular Diabético
Os exames para identificar o edema macular são: OCT (tomografia de coerência óptica), que avalia a retina, a mácula e a coroide. E a angiografia, que avalia o fundo de olho, a estrutura dos vasos sanguíneos e o nervo óptico.
O exame de acuidade visual, aquele tradicional no qual o paciente identifica letras exibidas, também pode identificar a doença, já que a visão se torna borrada. Porém, neste caso já terão ocorrido danos à visão. O ideal é diagnosticá-la o quanto antes.

Tratamento do Edema Macular Diabético
Outro fato que torna fundamental o diagnóstico precoce é que, no edema macular diabético, o problema pode ser revertido e a visão perdida, recuperada.
Avanços científicos propiciaram o desenvolvimento de medicamentos da classe anti-VEGF para uso ocular. Estes remédios fortalecem as junções entre os vasos sanguíneos, reduzindo o vazamento de líquidos e restaurando a função da retina.
Com isso, a visão pode ser recuperada de forma parcial ou total, dependendo da gravidade da doença e do grau de glicemia do paciente diabético.
Outro tratamento disponível é o laser, um método mais antigo e que não recupera a visão perdida. Cerca de 25% dos pacientes tratados com laser acabam perdendo a visão em até três anos.
O retinólogo é o melhor profissional para indicar o tratamento adequado e efetivo aos pacientes.

Tração Vítreo Macular

Tração vítreo-macular se desenvolve na região central da retina (mácula), causando perda visual.
A suspeita diagnóstica é feita por meio de mapeamento de retina, contudo a Tomografia de Coerência Óptica (OCT) é fundamental para confirmar diagnósitco e definir terapêutica a ser empregada.

O tratamento é cirúrgico para remover a tração e possibilitar melhora anatômica e funcional.

É fundamental individualizar cada paciente, explicando benefícios e possíveis complicações do procedimento.

Trauma Ocular

Trauma ocular: o que fazer?
Quando ocorre algum acidente na região dos olhos, os riscos e cuidados devem ser significativos para se evitar seqüelas oftalmológicas. O que fazer diante disso? A adoção de medidas básicas pode ajudar a controlar problemas decorrentes do trauma ocular, que ocorrem com freqüência e são responsáveis por muitos atendimentos em serviços de saúde.

Como são caracterizados os principais traumas dos olhos?
Resumidamente, o trauma ocular se divide em dois: os contusos e os químicos (queimaduras oculares). Em geral, ocorrem como com queimaduras. Nesse caso, a indicação é usar só água corrente e depois encaminhar a um serviço de saúde, se possível especializado. Nos contusos, com acidente ou perfuração, a dica é não colocar nada no olho, não usar colírios nem pomadas e, outra medida possível, é proteger o olho com copo plástico ao redor dos olhos. Se houver uma pancada no olho, com diminuição da visão, é bom fazer exames periódicos, pois pode haver futuramente um descolamento de retina. Nesses casos, o acompanhamento é muito importante.

Diante de qualquer trauma ocular, o que devemos fazer?
O mais importante é o que não fazer num trauma. Basicamente, deve-se recorrer a um serviço de saúde e evitar fazer algo antes de chegar a um serviço. Se der para ir a um local com atendimento oftalmológico, seria o ideal. Outra dica é fazer um acompanhamento posterior, pois alguns efeitos podem ser tardios e decorrentes de alguma eventualidade traumática nos olhos.

Quais as situações mais freqüentes em que ocorrem os traumas oculares?
Ainda é muito comum corpo estranho, fagulha e madeira com trabalhadores de indústrias e da construção civil. Há também bastante com acidentes domésticos (crianças), automobilísticos e por vítimas de violência. Outros importantes também são relacionados a esportes, principalmente com desportistas de final de semana. Em idosos, os traumas oculares são bem relacionados à queda por desequilíbrio.

Como os traumas oculares podem ser evitados?
A prevenção é fundamental, seja no ambiente doméstico ou em qualquer outro local. Na infância, é preciso tomar muito cuidado com objetos perfuro-cortantes e o trauma doméstico é bem comum. Na idade adulta, há o trauma relacionado à agressão, ocupacional (trabalho) e alguns são mais difíceis de abordar. Para evitar os traumas no ambiente de trabalho, bastaria seguir as leis rigorosamente e assim usar óculos específicos de segurança, os quais previnem bastante e servem a todos. Com idosos, uma recomendação importante é que na casa não tenha tapetes e os banheiros devem ter barra de proteção. Já em esportes, existem estudos mostrando que o uso de óculos pode prevenir 90% dos traumas oculares.

Injeções intravítreas:: Medicamentos

LUCENTIS®
Lucentis® (ranibizumab) é um fragmento de anticorpo monoclonal que bloqueia um fator de crescimento denominado “VEGF-A” (fator de crescimento endotelial vascular A).

Lucentis® foi aprovado pelo FDA (órgão americano que regulamenta a liberação de medicações) para o tratamento de degeneração macular relacionada à idade (DMRI, forma exsudativa) e para o tratamento de oclusões venosas da retina (com edema macular).

A ANVISA (órgão brasileiro que regulamenta a liberação de medicações) já registrou o Lucentis® para o tratamento de DMRI exsudativa.

Tratamento de Degeneração Macular Exsudativa
Lucentis® foi testado em estudos clínicos controlados nos quais foram demonstradas sua segurança e eficácia no tratamento da DMRI exsudativa.

Os estudos clínicos MARINA, ANCHOR e PIER, com mais de 1.300 pacientes com DMRI exsudativa, demonstraram que o tratamento com Lucentis® consegue estabilizar a visão em 90 a 96% dos casos (comparado com 64% na terapia fotodinâmica com verteporfina) e consegue melhorar a visão em 34 a 40% dos casos (comparado com 6% na terapia fotodinâmica com verteporfina).

O tratamento preconizado inclui injeções mensais de Lucentis® durante um ano. Apesar de menos efetivos, esquemas alternativos com menos injeções de Lucentis® podem ser realizados e demonstraram-se melhores do que a evolução natural da doença.

Tratamento de Oclusões Venosas da Retina
Lucentis® foi testado em estudos clínicos controlados nos quais foram demonstradas sua segurança e eficácia no tratamento de edema macular decorrente de oclusão da veia central e oclusão de ramo venoso da retina.

Os estudos clínicos CRUISE e BRAVO, cada um com mais de 390 pacientes com edema de mácula devido a oclusões venosas da retina, demonstraram que o tratamento com Lucentis® consegue melhorar a visão de maneira significativa em 48 a 61% dos casos (comparado com 17 a 29% nos grupos tratados com placebo).

O tratamento preconizado inclui injeções mensais de Lucentis® por 6 meses.

Tratamento de Outras Doenças da Retina
O uso de Lucentis® em outras doenças, além da DMRI exsudativa e oclusões venosas da retina, é denominado “off-label” nos EUA.

Oftalmologistas têm utilizado Lucentis® “off-label” para o tratamento de outras doenças oculares caracterizadas por:
– membrana neovascular sub-retiniana (vasos sanguíneos anormais que crescem sob a retina),
– neovascularização intraocular (vasos sanguíneos anormais que crescem sobre a retina, disco óptico, íris, ângulo da câmara anterior) – edema macular (inchaço da área central da retina, a mácula).

Além disso, o tratamento de doenças oculares com Lucentis® “off-label” tem mostrado resultados benéficos, com potencial para diminuir a perda visual e, algumas vezes, até mesmo melhorar a visão dos pacientes dependendo do tipo de doença, gravidade e duração dos sintomas.

EYLEA®

AVASTIN®

Avastin® (bevacizumab) é um anticorpo monoclonal que bloqueia um fator de crescimento denominado “VEGF-A” (fator de crescimento endotelial vascular A).

Avastin® foi inicialmente aprovado pela FDA (órgão americano que regulamenta a liberação de medicações) para o tratamento do câncer colo-retal metastático. O uso de Avastin® em Oftalmologia é denominado “off-label” nos EUA.

Várias investigações científicas confirmaram que o “VEGF” é uma das causas de crescimento anormal e/ou permeabilidade anormal dos vasos sanguíneos que provocam doenças da retina.

Oftalmologistas têm utilizado Avastin® para o tratamento de doenças da retina caracterizadas pela presença de:
– membrana neovascular sub-retiniana (vasos sanguíneos anormais que crescem sob a retina);
– neovascularização intra-ocular (vasos sanguíneos anormais que crescem sobre a retina, disco óptico, íris, ângulo da câmara anterior)
– edema macular (inchaço na área central da retina, a mácula).

O tratamento de doenças da retina com Avastin® tem mostrado resultados benéficos, com potencial para diminuir a perda visual e, algumas vezes, até mesmo melhorar a visão dos pacientes dependendo do tipo de doença, gravidade e duração dos sintomas.

TRIANCINOLONA®
Os corticosteróides são hormônios que ocorrem naturalmente no organismo e que possuem atividade anti-inflamatória. A Triancinolona é um um corticosteróide sintético (anti-inflamatório esteroidal) bastante utilizado em Oftalmologia para injeções perioculares e intra-oculares.

Baseados nos resultados de estudos clínicos nos quais foram demonstradas a sua segurança e eficácia, Triancinolona foi aprovada pela FDA (órgão americano que regulamenta a liberação de medicações) para injeção intra-ocular no tratamento das seguintes doenças oculares: uveítes, doenças inflamatórias oculares resistentes ao tratamento com colírios de corticosteróides, oftalmia simpática e arterite temporal; além da utilização durante cirurgia de vitrectomia para melhorar a visibilidade do humor vítreo. Seu uso em outras doenças dos olhos é denominado “off-label” nos EUA.

Inúmeras investigações científicas confirmaram que a presença de inflamação é uma das causas de permeabilidade anormal dos vasos sanguíneos que provocam doenças da retina.

Oftalmologistas têm utilizado Triancinolona “off-label” para o tratamento de várias doenças da retina que se caraterizam por:
– edema macular (inchaço da área central da retina, a mácula)
– membrana neovascular sub-retiniana (vasos sanguíneos anormais que crescem sob a retina).

Além disso, o tratamento de doenças da retina com Triancinolona tem mostrado resultados benéficos, com potencial para diminuir a perda visual e, algumas vezes, até mesmo melhorar a visão dos pacientes dependendo do tipo de doença, gravidade e duração dos sintomas.

Ozurdex® (dexametasona)

Uveítes

Definição
É uma inflamação intra-ocular que compromete total ou parcialmente a íris, o corpo ciliar e a coróide (o conjunto dos três formas de úvea), com envolvimento freqüente do vítreo, retina e vasos sangüíneos. O trato uveal é a camada vascular média do olho, podendo ser dividida em três partes: íris – formada pela porção anterior, corpo ciliar – porção intermediária e a coróide – porção posterior.

As uveítes podem ser classificadas como crônicas ou agudas, dependendo do tempo de duração. A aguda tem um início rápido, em poucos dias, e duração entre dois e seis semanas. A forma crônica tem início mais lento, durando acima de seis semanas e pode evoluir por muitos meses. Existem casos em que a uveíte leva a uma cegueira irreversível.

Os sintomas mais comuns de uveíte são a dor ocular e peri-ocular (ao redor dos olhos), fotofobia, edema palpebral e vermelhidão próxima da córnea. A doença não apresenta secreção, mas a pupila fica contraída (miose), respondendo pouco ao estímulo da luz de uma lanterna, e a visão pode estar um pouco borrada.

Causas
As uveítes podem ter diferentes causas e podem ser relacionadas a diversas outras doenças tais como: artrite reumatóide juvenil, toxoplasmose, herpes, citomegalovírus, bactérias etc. Há ainda uveítes de causa não totalmente esclarecida e associada com a doença de Behçet e a síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada. Nessas, como em muitas outras, há participação de mecanismos imunológicos complexos que podem agravar o problema. Porém, b oa parte das uveítes ainda tem suas causas desconhecidas.

Tratamento
Se não for tratada a tempo, a uveíte pode causar danos irreversíveis ao globo ocular e provocar glaucoma, descolamento de retina e deixar cicatrizes na retina que reduzem a visão.

O paciente com uveíte deve ter uma atenção especial, pois deve ser tratado como portador de uma doença complexa, a qual requer do oftalmologista um conhecimento profundo não só oftalmológico, mas também relacionado diretamente com outras especialidades médicas.

Quando não se sabe a causa, adota-se um tratamento comprovado e denominado não-específico, que inclui corticoesteróides e antiinflamatórios não-hormonais, midriáticos e drogas imunodepressoras.

Corioretinopatia Serosa Central

A retinopatia serosa central afeta a mácula (lente do olho) e repentinamente causa um incomodo visual. Em geral, ela afeta homens com idade de 20 a 40 anos e aparece devido ao enfraquecimento de uma membrana abaixo da retina, fazendo com que o líquido dos vasos sanguíneos escapem e formem bolhas. Tais bolhas são responsáveis por elevar a camada superficial da retina e provocar o deslocamento do foco da região central, local em que está localizada a mácula.
O diagnóstico desta doença é feito através de um exame de fundo de olho, confirmado por uma angiofluoresceinografia e/ou tomografia de coerência óptica – OCT.

Sintomas
Os sintomas mais comuns são visão distorcida, perca total ou parcial da visão central e aumento de hipermetropia.

Causas
Apesar de ter causas pouco conhecidas, a retinopatia serosa central tem forte relação com estresse e ansiedade.

Retinopatia serosa central tem cura?
Na maioria dos casos, a cura é espontânea e os sintomas desaparecem entre um ou dois meses. Caso o líquido não seja reabsorvido naturalmente há opções de tratamento que resolverá o problema.